Uma conversa com Rob Beemer, o realizador do filme “O Movimento Mindfulness”
A editora da Mindful, Anne Alexander, pergunta ao produtor e realizador Rob Beemer o que ele aprendeu nos bastidores do seu novo documentário.
O produtor e realizador Rob Beemer queria levar a mensagem da atenção plena a um público maior. Ele conta à Diretora de Conteúdos, Anne Alexander, que a sua busca o levou de Hollywood à Harvard Business School, a uma prisão em Rhode Island e a pontos surpreendentes entre eles.
Anne Alexander: Parabéns! Você está fazendo um filme sobre mindfulness!
Rob Beemer: Obrigado, sim, este é um projeto que tenho enorme entusiasmo. Pratico a atenção plena há mais de 10 anos e tem feito uma diferença muito importante na minha vida. Senti que ainda havia um conceito errado sobre e pessoas que podiam se beneficiar, mas não conheciam a atenção plena. Queria utilizar as minhas habilidades para ajudar a tornar o mundo um lugar melhor.
Anne Alexander: Como é que você chegou ao mindfulness?
Rob Beemer: Quando era adolescente, me interessava por budismo e meditação, mas depois fiquei ocupado demais, comecei a trabalhar e me afastei. Quando já era pai de duas crianças pequenas e tinha um emprego muito estressante, perdia a cabeça mais vezes do que queria.
Um dia, estava numa mercearia e vi uma edição da Shambhala Sun [agora revista Lion’s Roar] e me tornei assinante. Depois, surgiu a Mindful Magazine – com o foco na atenção plena secular – e eu pensei: isto é perfeito para mim e assinei também. Ver o conteúdo e conhecer diferentes pessoas através da revista me deu a ideia. Senti que se pudesse fazer isso no tamanho de um filme, poderia chegar a mais pessoas.
Anne Alexander: Me fale do filme. Parece que você falou com uma lista incrível de pessoas que praticam e utilizam a atenção plena.
Rob Beemer: Uma das primeiras pessoas com quem falei foi Diana Winston, uma vez que moro em Los Angeles e ela trabalha na UCLA. Tivemos uma conversa agradável e ela teve a amabilidade de me passar outros contatos, o que me levou a falar com Sharon Salzberg e assim por diante. As conversas foram me levando a todo tipo de pessoas e locais. Ajuda muito poder dizer que trabalhei com Morgan Freeman e Charlton Heston.
A atenção plena é uma daquelas coisas que só se quer partilhar. Muitas vezes, você entra nela porque está sofrendo ou porque quer aliviar o stress ou o que quer que seja. E assim que começamos a ver os benefícios, se torna fácil partilhá-los e o desejo de partilhar permanece. E é totalmente transportável. É grátis. Qualquer pessoa pode fazer. É secular. O fato é que tudo isto contribui para uma sociedade melhor. Penso que faz sobressair o lado bom de muitas pessoas.
Estou grato por ter tido a oportunidade de falar com tantos especialistas – Dan Harris, Jon Kabat-Zinn, Daniel Goleman, Richard Davidson, Judson Brewer, Rich Fernandez, o congressista Tim Ryan, entre outros. Obtivemos o apoio incrível de Deepak Chopra e Jewel Kilcher como produtores executivos (que também aparecem no filme) e tivemos a oportunidade de falar com pessoas comuns de muitos setores diferentes da vida.
Anne Alexander: Houve algum momento em particular que o tenha surpreendido?
Rob Beemer: Acho que um que me vem à cabeça é o segmento dentro da prisão em Rhode Island com Fleet Maull, que faz um excelente trabalho com o Prison Mindfulness Institute. Estar dentro de uma prisão, naquele ambiente, com guardas em frente e atrás de nós, e ver a atenção plena ser utilizada para ajudar aquelas pessoas foi intenso. Como Fleet disse, estes homens têm que ter um exterior muito forte para se protegerem. Mas se quisermos que sejam bons cidadãos quando saírem, temos que dar a oportunidade de trabalharem a si próprios: aprender a baixar a guarda e a trabalhar suas próprias emoções e reações. Também fomos à Harvard Business School falar com Bill George sobre a maneira como ele forma diretores executivos e estudantes de gestão, por isso foi muito divertido ir a estes extremos onde normalmente não se pensaria em usar a atenção plena.
Anne Alexander: E é notável o fato de tudo voltar ao mesmo ponto.
Rob Beemer: E como é simples. E adorei quando, no segmento com as crianças [na Holistic Life Foundation] em Baltimore, ouvi uma criança explicar e a ficar tão profundamente comovida com isso. No entanto, é tão simples que todos nós o ignoramos.
O movimento mindfulness está disponível na aquarius, primeira plataforma do Brasil com filmes conteúdos que inspiram e ajudam a viver. Assista agora!
Saiba mais sobre os 5 mitos da meditação neste artigo no Blog da aquarius.
Entrevista original: https://www.mindful.org/a-conversation-with-the-director-of-the-mindfulness-movement-movie/
*Tradução Fabio Pires.
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