A HISTÓRIA
POR TRÁS DO
PROJETO
Em 2020, imediatamente após um aparente ápice da minha trajetória profissional, ao lançar o filme brasileiro de maior sucesso da história, a pandemia chegou e acelerou em mim uma crise existencial que já vinha se insinuando há algum tempo.
Precisei buscar ajuda.
Através da meditação, terapia, livros e documentários fantásticos, consegui não apenas superar minha angústia profunda, como passei a viver de outra maneira.
A aventura tem sido maravilhosa, o aprendizado imenso e a vida muito melhor de ser vivida.
Agora chegou a hora de retribuir.
Um aprendizado básico ao meditar é que antes de começar devemos ter uma motivação e, ao final da meditação devemos compartilhar o mérito e os benefícios com todos os seres sencientes.
A ideia de criar AQUARIUS é minha maneira de colocar em prática esse aprendizado. Uma plataforma de streaming reunindo o melhor conteúdo audiovisual a serviço do despertar coletivo da consciência em busca de um mundo mais fraterno, ecologicamente sustentável, inclusivo e acolhedor, pacífico, e sobretudo, mais feliz.
CARTA AO MUNDO
Vivemos numa época de excessos e de extremos, de instabilidade e de incertezas em relação ao presente e ao futuro.
Um tempo que nos revela as consequências daquilo que os gregos antigos chamavam de hybris: a prepotência e a imprudência do humano, em sua desmedida ambição por uma quantidade infinita de energia, poder, controle e domínio sobre as forças da vida, sobre as potências da natureza.
A resposta dos deuses a esta ilimitada ambição humana permanece, no entanto, a mesma: quedas e colapsos individuais, sociais e ecossistêmicos.
Hoje, não à toa, grande parte dos indivíduos, sociedades e sistemas ambientais sofre de exaustão; ou em outras palavras: sentem sua energia vital se esvair, prestes a colapsar. Isto ocorre porque construiu-se e se difundiu um modo de viver marcado por uma contínua desconexão do humano com o mundo natural e espiritual. Da modernidade ao contemporâneo, constatamos um gradativo processo de distanciamento e de desenvolvimento entre o humano e as fontes capazes de manter corpos, mentes, sociedades e ambientes vivos e em equilíbrio. Como nos diz o pacifista e ativista ambiental indiano Satish Kumar, todas as nossas crises — mentais, sociais, econômicas, culturais e ambientais — “têm como origem a desconexão e a separação” do humano com o ambiente e com elementos fundamentais do seu próprio ser.
A identificação com a ideia de que seríamos seres superiores, especiais e autossuficientes provocou este nosso desligamento de vínculos ancestrais, assim como estimulou nossa desconexão com o tempo presente e um ávido deslizamento rumo a um futuro sempre promissor — via aceleração vertiginosa do tempo. Se impôs, deste modo, ao mundo e a todos, um único ritmo e modo de vida orientados pelos imperativos da rapidez, do crescimento e da competição, assim como por individualismo, isolamento e separação.
Como resultado, vemos um mundo esvaziado de relações baseadas em fraternidade e solidariedade, empatia e compaixão, confiança e cooperação, reciprocidade e gratuidade. Não é por acaso, portanto, que compartilhamos, neste momento, dores e angústias similares, e sofremos juntos, de um jeito ou de outro, as consequências de um modo de viver marcado por estresse e ansiedade, desamparo, desalento e solidão.
A boa nova é que, como também nos lembra Satish Kumar, “assim que percebemos que todas as coisas estão conectadas (espiritualidade, sociedades e ambientes), que tudo depende de todo o resto, começamos a encontrar soluções. A solução é ‘apenas se conectar’. Restabelecer o vínculo com tudo, com todos os seres e com a totalidade do mundo. Só assim estaremos em harmonia com nós mesmos e com a integralidade do ecossistema”.
Se hoje as fontes dos nossos traumas, cisões e desconfortos são múltiplas, também são diversas e proliferam as práticas de cuidado e de reparo, de cura e de regeneração, tornando este tempo de crises e de emergências que vivemos também num tempo de despertar e de transformações.
Inspirados pela “esperança ativa” e pelo “trabalho que reconecta”, da ecofilósofa e pensadora budista Joanna Macy, aquarius chega ao mundo buscando conectar o bem-estar e a saúde do corpo, da mente, das sociedades e do meio ambiente.
Em vez de uma plataforma convencional de streaming, aquarius se propõe a ser e a oferecer um sistema holístico e integrado de saberes através de seus filmes, séries e demais conteúdos.
Para isso, aquarius se organiza através de uma curadoria dedicada a avaliar e a selecionar criteriosamente cada um de seus títulos e a ligar, através deles, temas e saberes como a meditação e a neurociência, ioga e psicoterapia com psicodélicos, conhecimentos ancestrais e as mais recentes descobertas tecnocientíficas, indagações filosóficas, psicanalíticas e realizações artísticas contemporâneas, assim como o espírito da contracultura dos anos 1960 (Era de Aquário) e a nova consciência ecológica do século XXI.
Aquarius propõe, portanto, uma imersão num oceano de conhecimentos e de conexões, atuando como um portal por onde confluem saberes e fluxos de energia vital através das mais diferentes criações audiovisuais — ou como dizemos aqui: filmes e conteúdos que nos inspiram e que nos ajudam a viver. Aquarius busca ser, assim, um portal para “outros mundos possíveis”, como diz o pensador e líder indígena Ailton Krenak: “Mundos plurais, a possibilidade de muitos mundos. A mágica que me afeta é de muitos mundos”.
Nossos conteúdos, portanto, carregam esta potência de gerar ou de revelar outros mundos e modos de viver, ao mesmo tempo em que buscam ser um ponto de reencontro e de religação com essências perdidas e, acima de tudo, experiências de descoberta e de encanto com aquilo que mais precisamos.
Aquarius é, assim, um portal que se abre a fim de tornar mais saudável, sustentável e fértil a vida do corpo, da mente, da sociedade e do sistema Terra.
Respire fundo, mergulhe e viva em aquarius: o primeiro sistema de streaming focado em cuidado e bem-estar, conexão e transformação.