Os impactos da pandemia no novo normal
O termo da moda é “novo normal”. Aposto que você já ouviu essa expressão por aí. No período durante e pós pandemia, esse assunto se tornou foco e não é à toa: afinal, foi e é um momento de extremas transformações.
Tudo mudou, inclusive o mundo.
A pandemia foi um como um tsunami que passou e deixou todo mundo atordoado, tentando entender o que aconteceu. Mas nunca é tarde para refletir sobre esse assunto. Vamos juntos entender sobre o novo normal pós pandemia?
Os impactos da pandemia em nossas vidas
As transformações de um mundo pós pandêmico são inúmeras e até mesmo eternas. Passam por política, economia, modelos de negócios, relações sociais, cultura, psicologia social e a relação com a cidade e o espaço público.
O Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto mostra que, durante o distanciamento social, 24% das mulheres apresentaram sintomas de depressão, 20% enfrentaram ansiedade 17% alegaram estresse. Além disso, o consumo diário de bebidas alcoólicas (vinho, cerveja e destilados) subiu significativamente durante o distanciamento social. Em relação à qualidade do sono, aproximadamente 30% das mulheres entrevistadas reportaram dificuldades para dormir nas últimas 30 noites.
As situações nas quais achávamos que tudo seria momentâneo desapareceram há muito tempo. Não é mais uma questão de pensar se esta pandemia moldará uma geração inteira. Mas sim como isso vai acontecer.
Novas tecnologias e conexões
Como já era esperado, a pandemia intensificou o uso de tecnologias digitais no Brasil, passando de 71% dos domicílios com acesso à internet em 2019 para 83% no de 2021, o que corresponde a 61,8 milhões de domicílios com algum tipo de conexão à rede.
Dados de 2021 mostram que computadores, notebooks, tablets e smartphones somados já superam a marca de 447 milhões de unidades. São mais de dois por habitante, com os celulares inteligentes assumindo papel predominante em utilização para transações bancárias, compras e redes sociais.
A internet e os dispositivos móveis passaram a desempenhar papel central durante a pandemia, diminuindo à distância entre pessoas, com as ligações no facetime ou zoom, ajudando na socialização através do happy hour online e possibilitou também a continuidade de atividades empresariais como o home office, vendas online e prestação de serviços públicos. Além disso, atividades educacionais com o ensino remoto e até mesmo consultas online (teleconsultas), passaram a fazer parte do nosso “novo normal”.
Porém, apesar da internet ter nos ajudado durante o isolamento, trouxe também um lado preocupante: as desigualdades sociais foram agravadas pelas falta ou dificuldade ao acesso à tecnologia. Assim, a pandemia mostrou que o acesso ao mundo online deixou de ser um bem útil para ser um direito essencial.
Mas será que toda essa tecnologia já dominou nossas vidas 100%? Para você, é importante se (re)conectar fora das telas?
Desconectar é preciso
Você consegue imaginar a sua vida, hoje, sem internet? O que você seguiria fazendo da mesma forma? O que teria que adaptar? Esses e outros questionamentos acendem um alerta sobre até que ponto estamos usando a tecnologia a nosso favor ou fazendo-a virar contra nós.
Mas a grande questão é: com uma conexão tecnológica tão constante, como identificar os momentos de ficar offline? Como reconhecer o limite entre até que ponto estamos fazendo atividades que devem ser feitas com a tecnologia (trabalho, estudos) e outras que não precisam ser feitas pela internet?
Organize uma rotina
Para não entramos no “vício”do mundo digital, é importante organizar a rotina. Comece pelo básico: O que você tem para fazer hoje? Organize suas atividades prioritárias e responsabilidades que devem ser cumpridas em cada dia. Pense: quais momentos você precisa recorrer à tecnologia? Deixe para acessar o computador apenas no seu horário de trabalho e/ou estudo, por exemplo. Sabendo o horário das suas atividades diárias, fica mais fácil pegar o celular apenas quando for realmente necessário.
Aproveite os momentos livres
Diferencie os momentos laborais dos prazerosos! Com a sua rotina organizada, você pode perceber quais momentos tem livre no dia e pensar em atividades para fazer nesses momentos em que a internet não é essencial: ler um livro, fazer exercícios físicos, meditar, cozinhar, socializar em família, entre outras atividades.
O mundo vai muito além das telas!
Nada de proibição!
Mas e se eu gosto das redes sociais? Calma, não estamos dizendo que elas são proibidas ou nocivas para a nossa saúde. A questão é a frequência com a qual acessamos. Sabemos que estar no mundo da internet é divertido e uma forma de nos mantermos conectados com os nossos amigos e familiares, mas estipule um tempo máximo no dia para você ficar navegando na internet, preferencialmente, fora do seu horário de trabalho ou estudo.
Celular? Cadê?
Estamos há tanto tempo com os nossos smartphones em mãos que até pode parecer que ele faz parte do nosso corpo, mas olha só: ele não faz! Não precisamos ficar com o celular para lá e para cá o tempo todo. Experimente deixar seu aparelho longe de você em momentos estratégicos, como na hora das refeições ou quando for dormir.
O novo normal
Como pudemos perceber, as mudanças aconteceram e ainda estão acontecendo nesse novo momento em um mundo pós pandêmico. A principal delas é como nos relacionamos com a tecnologia e como ela se tornou uma parte tão crucial das nossas vidas, até mesmo quando não precisamos dela. Por isso, a grande questão aqui não é transformá-la em vilã ou mocinha.
Pense que de nada adianta querermos nos conectar mais com os outros e o mundo externo se estamos nos desconectando de nós mesmos. Será que vale a pena?
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