A loucura da internet – como manter o equilíbrio
Sabemos o quanto usar a internet pode acabar com a cabeça da gente. Basta rolar o feed ou um site de notícias para encontrar possíveis gatilhos que nos deixam ansiosos, nervosos, e, muitas vezes tristes e com raiva. É impressionante como a facilidade da comunicação (e também a falta de regulamentação e responsabilidade das redes sociais, né?) tem pode grande em ditar como a gente se sente. Já pensou em ter uma lista com alguns mandamentos para te ajudar a manter o equilíbrio na internet de uma forma mais saudável? Aqui na aquarius, com a ajuda do autor Matt Haig, reunimos 9 dicas de como manter o equilíbrio na internet (ou pelo menos tentar):
1. Nunca digite sintomas no Google a menos que queira passar sete horas convicto de que estará morto antes da hora do jantar.
2. Lembre-se de que ninguém se importa realmente com o seu aspecto. No caso, eles se importam com o aspecto deles. Você é a única pessoa no mundo preocupada com sua cara.
Existe vida offline – confira as dicas
3. Entenda que o que parece real pode não ser e que existe vida offline. Vale avaliar quanto a nossa vida digital afeta a nossa vida não digital. Toda a internet está distante do mundo físico. Já pensou se um dia os cabos da vida on-line fossem cortados? Um spoiler: você continuaria existindo. E claro, ninguém está dizendo que o que acontece na internet não é importante. Você pode fazer amigos reais on-line, por exemplo. Mas a realidade não digital é ainda um teste útil para essa amizade. Assim que você sai da internet — durante um minuto, uma hora, um dia, uma semana — você continua tendo uma vida.
4. Entenda que as pessoas são mais do que uma postagem em redes sociais. Pense em quantos pensamentos conflitantes você pode ter num só dia. Pense em todas as posições contraditórias que já assumiu na vida. Revide a opiniões na internet, mas nunca deixe que uma opinião
apressada defina um ser humano completo. “Cada um de nós”, disse o físico Carl Sagan, “é, de uma perspectiva cósmica, precioso. Se um ser humano discorda de você, deixe-o assim. Em cem bilhões de galáxias, você não encontrará outro igual.”
Ódio, avaliações e muito mais
5. Não siga pessoas que detesta. Seguir pessoas que odeia não proporciona foco a sua justa indignação. Alimenta-a. De uma maneira perversa, isso reforça também sua câmara de ressonância, fazendo você achar que só as opiniões alheias são extremas. Não procure coisas que o façam infeliz, nem se compare a outras pessoas. Sua definição não é feita pelos outros. Defina-se pelo que você é. E navegue de acordo com isso.
6. Não entre no jogo das avaliações. A internet adora avaliações, sejam as da Amazon, do TripAdvisor e de vários outros sites, sejam as de fotos, atualizações e tuítes. Curtidas, favoritos, retuítes. Tente entender o valor real deles e tente ignora-los. Avaliação não é sinônimo de valor. Nunca se julgue por meio delas. Para agradar a todo mundo você teria de ser a mais insípida das pessoas. William Shakespeare é provavelmente o maior escritor de todos os tempos. No Goodreads, ele tem uma média medíocre de 3,7.
Sensação de perder. Confira mais dicas:
7. Não passe a vida preocupado com o que está perdendo. Não seja budista quanto a isso — está bem, seja só um pouco budista. A vida não é ficar satisfeito com o que você está fazendo, mas com o que você está sendo.
8. Nunca troque uma refeição ou horas de sono pela internet.
9. Permaneça humano. Resista aos algoritmos. Não passe a ser uma caricatura de si mesmo. Desligue os pop-ups de publicidade. Saia de sua câmara de ressonância. Não permita que o anonimato transforme você numa pessoa com vergonha de estar desconectada. Seja um mistério, não um número. Seja alguém que um computador jamais poderia desvendar. Mantenha a empatia. Quebre padrões. Resista a tendências robotizantes. Permaneça humano.
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(Referência: Livro Observações sobre um planeta nervoso, de Matt Haig. Editora Intrínseca
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